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LUIZA MAHIN




Personagem histórica, participou da revolta dos Malês.

Não se sabe se Luiza nasceu na Costa da Mina, na África, ou na Bahia, no Brasil. Pertencia à nação nagô-jeje, da tribo Mahin, daí seu sobrenome, nação originária do Golfo do Benin, noroeste africano que no final do século XVIII foi dominada pelos muçulmanos, vindos do Oriente Médio.

Tornou-se livre por volta 1812 comprando sua liberdade e sobreviveu trabalhando como quituteira em Salvador. Segundo seu filho, Luiz Gama, dizia ter sido princesa na África.

Aproveitando-se de sua profissão de quituteira, participou de todas as revoltas escravas que ocorreram em Salvador nas primeiras décadas do século XIX, pois de seu tabuleiro eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente que compravam seus quitutes. Desse modo, esteve envolvida na Revolta dos Malês em 1835 e na Sabinada em 1837-38.

A revolta envolveu cerca de 600 homens, os rebeldes tinham planejado o levante para ocorrer nas primeiras horas da manhã do dia 25 de janeiro de 1835, mas foram denunciados. Sendo surpreendidos pela força policial, o grupo foi obrigado a se lançar em combate, e sem o elemento surpresa, o movimento foi derrotado. Ela e outras lideranças conseguiram escapar da perseguição. Luiza partiu para o Rio de Janeiro deixando Luiz Gama (1830-1882), com apenas 5 anos, aos cuidados de seu pai. O menino com dez anos de idade foi vendido ilegalmente como escravo pelo pai jogador para quitar uma dívida de jogo. Seu filho tornou-se poeta e um dos maiores abolicionistas do Brasil.

Luiza como negra livre, da nação nagô, sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. O destino de Luiza Mahin é apenas sugerido. Há a possibilidade que tenha participado de outros movimentos de insurreição na capital do Império e que dessa vez capturada, sendo detida e deportada para África.

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